quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

se eu pudesse simplesmente demonstrar, com licenca

Envergonhada com as palavras
Instrumentos concretos para espetar sentidos e
mais palavras.
O que realmente existe na essencia nao pode ser dito com meras palavras.
Sim, me atrevo nesta afirmacao.
Nao ha o que fazer. Nao sei mais do saber entre errado e certo.
Apenas olho, sei o que vejo
disso nao posso fugir: meus olhos verdes. verdes?

sera?

nao pode ser mentira

nao 'e!

meu pai, minha mae, seus olhos sao verdes. seus olhos sao verdes.

Um par de folhas que acabam de cair de um Carvalho
Uma folha feita de ar (organico). imagino essa folha sendo esmagado entre meus dedos e inserida para dentro do meu corpo onde eu possa absorve-la com todo meu poder de ser humano. apenas isso. tudo que tenho. so isso que tenho.
E dou para voce. quem 'e voce? algo alem de mim para quem extendo meu brac;o que parece ter se prolongado como forc;a da vontade do meu sexo.
E depois, quero de volta. uma gratidao que nao pode parar nunca em sua continuidade infinita, inegavel, invariavel e absoluta.
Sim, exsite Poder.
Todos negam. alguns sutilmente olham, nao se afligem com a intensidade.
(essa intensidade intensa que cria minha ansiedade venenosa e inocente)
patetica.
e quem sou eu? parece nao me assustar mais.
pareco me abracar com carinho, paciencia e amor
pronta para morrer
pois e` isso que quero a cada instante ja'
cada sensibilizacao de sentido do meu corpo
do meu coracao.
preciso do ar que passeia por mim. quero fisga-lo para sempre. sempre com medo da morte
sempre fazendo pontes de entendimentos superficias entre as palavras
palavras que espetam
palavras que fazem sangrar
sangrar uma cor tao bonita que me traz lagrimas e me faz nascer
toda hora
toda hora
quero morrer voce
quero te viver
estou pronto para me encarar
com apenas o negro das minhas pupilas
e apenas a lembranca do que era um toque de amor em sua forma pura
aquela primeira.
o primeiro lugar
O Nascer
Infinito

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